quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Puro, como café.

O jornal chegou mais tarde que o normal hoje, ele tem certeza que tem algo fora do lugar, ele sabe que dia vem abraça-lo. Com a cara na janela em pleno 3 de dezembro, ele sente o dia como um dia qualquer de fevereiro quando as aulas começam! O problema, é que ele nunca gostou muito do mês de fevereiro, e também não era um fã da escola.

Pra ela está cedo demais até pra cadelinha marron latir do lado de fora da casa. Ela o abraça, com olhos grandes e sem palavras pede o café da manhã. Mantém sempre um único pensamento sobre tudo e sobre nada, ela não é muito regrada pra pensar e agir, só atende a fisiologia, o momento e o pronto, e isso o fascina, e, sem sobra de dúvidas faz com que ele sinta que essa sinceridade objetiva vai lhe custar alguma coisa durante o resto do "dia azul bem clarinho" como foi descrito por ela.

Ele o encara com coragem, ela com um desrespeito solene, e, cada um a seu modo, pensam uma única coisa: "Que venha, todo o mal que o hoje trás. Que venha!".
Com uma certeza estúpida de que amanhã será um dia novo.

2 comentários:

  1. è sempre uma certeza estupida de que as coisas ficaram bem dps...

    as coisas só ficam bem dentro de nós... o mal que nos vem todos os dias, só é mal de verdade, quando encontra o mal dentro de nós

    será que eu to sendo mal entendido? HHUAhuahua

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  2. lindo... mto comovente... queria ser um pintor e retratar essa cena!!!

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